terça-feira, 9 de março de 2010

Corumbá - conhecida como a Capital do Pantanal





Corumbá é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. Situada na margem esquerda do rio Paraguai e também na fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, Corumbá é considerada o primeiro pólo de desenvolvimento da região, e por abrigar 60% do território pantaneiro, recebeu o apelido Capital do Pantanal[10], além de ser a principal e mais importante zona urbana da região alagada. A cidade sempre foi estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias européias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século 19 e começo do século 20, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali.

E nessa época só se chegava a Corumbá pelo rio. As disputas por território entre portugueses e espanhóis estão na origem da cidade cujo primeiro vilarejo surgiu em 1778, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque.
Se o trem mudou o caminho dos navios e os rumos de Corumbá, o restauro de seus casarões e a valorização da cultura pantaneira abrem as portas para o visitante cruzar o tempo. Algo mesmo deve ter de especial a cidade que atraiu gente como Roosevelt, Che Guevara e Lévi-Strauss. E olha que não se trata apenas de uma porta de entrada. Corumbá é também destino certeiro.

Quem vê as ruínas dos imponentes e antigos casarões na orla do Porto, onde a vegetação cresce incrustando raízes entre os elegantes entalhes das fachadas, não pode imaginar o que foi esse lugar há 100 anos. Corumbá fica na fronteira com a Bolívia, às margens do rio Paraguai, distante 418 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

Já foi Curupah - lugar distante - para os índios. Depois tornou-se Albuquerque, povoado fundado em 1778, invadido e destruído por Solano Lopes na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1869). Após a guerra, ficou conhecida como Cidade Branca, por causa da cor clara de suas terras, ricas em calcário.

Corumbá foi o 3º maior porto da América Latina, onde atracavam embarcações nacionais e estrangeiras que traziam cimento inglês e vinho português, e partiam carregados para Alemanha, Argentina e Uruguai, levando borracha, couro charque e ipecacuanha, uma planta medicinal. A moeda corrente na cidade era a libra esterlina, e ali viviam mais europeus que brasileiros.

No início do século passado, teve hóspedes famosos, como Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, que partiu em uma expedição em busca da foz do rio da Dúvida (desde então rio Roosevelt) ao lado de Marechal Rondon. O ex-presidente Getúlio Vargas serviu no exército da cidade até a patente de cabo. Em outras épocas, recebeu o antropólogo belga Claude Lévi-Strauss e Che Guevara, que dali partiu para a sua derradeira missão, na Bolívia.

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