quarta-feira, 17 de março de 2010

Geografia política



Corumbá possui atualmente área total de 64 960,863 km², é um dos maiores municípios do país em extensão territorial. A área urbana totaliza 21,57 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite. Sua área territorial total abrange todo o município de Ladário.

Faz limite ao Sul com Porto Murtinho, Paraguai; ao Leste com Aquidauana, Miranda, Sonora, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso; ao Oeste: Bolívia; ao Norte com o estado de Mato Grosso.

O município de Ladário não é limítrofe de Corumbá, pois fica inserido dentro deste. O cotidiano formal e informal através das fronteiras Corumbá possui 386 km de fronteiras com dois países: Paraguai e Bolívia, situação que é conhecida como tríplice fronteira. O primeiro contato com o território boliviano ocorre com o núcleo de Arroyo Concepción, ao lado da cancela divisória com os dois países e para se deslocar até lá são percorridos 7 km desde o Centro de Corumbá.

Há uma linha regular de ônibus urbano que chega até o local. Na fronteira paraguaia são 38 km de fronteira em curso d’água (limites naturais que possuem descontinuidade no terreno com alguma barreira natural: rio, lagoa, serra, entre outros), sendo que o contato se faz pelo rio Paraguai, não existindo núcleos populacionais, apenas propriedades rurais.

terça-feira, 16 de março de 2010

História








Dos registros arqueológicos e conhecimentos que se tem sobre o Pantanal, sabe-se que foi povoado por grupos indígenas das línguas Arawak, Guaicuru, Jê, Macro-Jê, Tupi Guarani e Zamuco. Sítios arqueológicos registram a presença dos povos indígenas que ocupavam a região antes da colonização. A diversidade de sítios, tanto de habitação, quanto de cemitérios, revela culturas amazônicas, da platina e do chaco.
No século XVIII, visando a um tratado de limites existente, foi fundado pelos espanhóis em 1774 um povoado na foz de Ipané. Em 13 de setembro de 1775 foi oficialmente fundado o Forte Coimbra para a defesa da região. Em 21 de setembro de 1778, efetuou-se a ocupação do local onde se localiza atualmente Corumbá (Em 2 de setembro o local onde se encontra atualmente Ladário começou a ser povoado). Nessa mesma data, a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso (o Capitão-General Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres), o sargento-mor Marcelino Rois Camponês, que comandava uma expedição militar, adquiriu a posse da região para a Coroa Portuguesa, fundando o local e batizando-o com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, sendo então lavrado o termo de fundação.

Em 7 de outubro de 1871, com o crescimento retomado, é elevada à categoria de vila. A comarca de Corumbá foi criada por Lei Provincial nº 1 de 10 de junho de 1873 (declarada de segunda estância) e instalada em 19 de fevereiro de 1874. Em 1877, Corumbá dispunha de três praças, dez ruas retas e sua população era de aproximadamente 6 mil habitantes. Em 15 de novembro de 1878, pela lei nº 525, é elevada à categoria de cidade. Já no fim do século XIX, o porto fluvial de Corumbá era o terceiro maior da América Latina e movimentava pelos vapores da rota Europa/Brasil o comércio de peles, charques e outras riquezas da região.

terça-feira, 9 de março de 2010

Corumbá - conhecida como a Capital do Pantanal





Corumbá é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato Grosso do Sul. Situada na margem esquerda do rio Paraguai e também na fronteira entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia, Corumbá é considerada o primeiro pólo de desenvolvimento da região, e por abrigar 60% do território pantaneiro, recebeu o apelido Capital do Pantanal[10], além de ser a principal e mais importante zona urbana da região alagada. A cidade sempre foi estratégica regionalmente para a entrada das mercadorias européias e sua localização, após a serra de Albuquerque (que finaliza o Pantanal ao sul), no último trecho facilmente navegável do Rio Paraguai para embarcações de maior calado e a beira do Pantanal, lhe garantiu um rápido e rico crescimento entre o final do século 19 e começo do século 20, quando a borracha da Amazônia passou também a ser exportada por ali.

E nessa época só se chegava a Corumbá pelo rio. As disputas por território entre portugueses e espanhóis estão na origem da cidade cujo primeiro vilarejo surgiu em 1778, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque.
Se o trem mudou o caminho dos navios e os rumos de Corumbá, o restauro de seus casarões e a valorização da cultura pantaneira abrem as portas para o visitante cruzar o tempo. Algo mesmo deve ter de especial a cidade que atraiu gente como Roosevelt, Che Guevara e Lévi-Strauss. E olha que não se trata apenas de uma porta de entrada. Corumbá é também destino certeiro.

Quem vê as ruínas dos imponentes e antigos casarões na orla do Porto, onde a vegetação cresce incrustando raízes entre os elegantes entalhes das fachadas, não pode imaginar o que foi esse lugar há 100 anos. Corumbá fica na fronteira com a Bolívia, às margens do rio Paraguai, distante 418 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

Já foi Curupah - lugar distante - para os índios. Depois tornou-se Albuquerque, povoado fundado em 1778, invadido e destruído por Solano Lopes na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1869). Após a guerra, ficou conhecida como Cidade Branca, por causa da cor clara de suas terras, ricas em calcário.

Corumbá foi o 3º maior porto da América Latina, onde atracavam embarcações nacionais e estrangeiras que traziam cimento inglês e vinho português, e partiam carregados para Alemanha, Argentina e Uruguai, levando borracha, couro charque e ipecacuanha, uma planta medicinal. A moeda corrente na cidade era a libra esterlina, e ali viviam mais europeus que brasileiros.

No início do século passado, teve hóspedes famosos, como Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, que partiu em uma expedição em busca da foz do rio da Dúvida (desde então rio Roosevelt) ao lado de Marechal Rondon. O ex-presidente Getúlio Vargas serviu no exército da cidade até a patente de cabo. Em outras épocas, recebeu o antropólogo belga Claude Lévi-Strauss e Che Guevara, que dali partiu para a sua derradeira missão, na Bolívia.